quarta-feira, 1 de junho de 2016

Egito - Roteiro 4 dias - Cruzeiro no Nilo - Aswan e Luxor


Terraço do Cruzeiro.
1º dia - Chegada do Trem noturno em Aswan 08:35 e check in no Cruzeiro

Trem noturno para Aswan

Trem para Aswan: 84 (Giza) 20:00 (Aswan) 08:35 - Neste dia, ainda no Cairo (veja aqui roteiro de 4 dias no Cairo), nós visitamos a Torre do Cairo e as Mesquitas da Citadel e fomos de táxi para a estação de trem para tomar o trem noturno das 20 hs para Aswan. O jantar e café da manhã estão inclusos e os quartos têm um beliche e pia com torneira e espelho! Não se desespere, após o jantar, um funcionário vem ao seu quarto e transforma as poltronas da parte debaixo em uma linda cama! Reservei aqui: http://e7gezly.com/sleepingtrains/#e_program

Cruzeiro pelo Nilo - 4 dias:

Um carro privado (incluso no pacote do cruzeiro) irá te esperar na estação de trem às 08:35 para levar até o cruzeiro. O embarque no cruzeiro ocorre na parte da manhã. Todos os passeios inclusos no pacote tem serviço de guia e carro com ar condicionado. O guia era árabe, mas falava espanhol perfeitamente! Ele era formado em história do Egito antigo!



Jantar no trem noturno do Cairo para Aswan.

Itinerário do Cruzeiro Sonesta St. George - 4 dias:


Você pode fazer uma cotação sem compromisso deste cruzeiro pelo Nilo comigo: contato@viagensmundoafora.com.br ou aqui pelo site, deixe um comentário no final deste post. 

1o Dia- Barragem Alta de Aswan, o Obelisco Inacabado e Templo de Philae. 
- Embarque às 12h00, antes do almoço.
- Almoço às 13h00.
- Visita à Barragem Alta de Aswan, o Obelisco Inacabado e Templo de Philae.
- Chá às 17h00 ao meio-dia.
- Jantar a bordo às 19h30.
- Show Núbio às 21h30.
- Acomodação a bordo

2o Dia - Templos de Kom Ombo e Edfu.
- Navegação para Kom Ombo.
- Acordar às 07:00 h.
- Café da manhã às 08:00.
- Visita ao Templo de Kom Ombo.
- Navegação para Edfu.
- Almoço às 13h00.
- Visita ao Templo de Edfu.
- Navegação para Esna.
- Jantar a bordo. - Disco às 21h00.
- Acomodação a bordo

3o Dia - Vale dos Réis e os Templos de Hatshepsut, Luxor e Karnak.
- Navegação para Luxor às 04:30.
- Acordar às 07:00 h.
- Café da manhã às 08:00.
- Visitar o Vale dos Réis e o Templo de Hatshepsut.
- Almoço às 13h30.
- Visitar os Templos de Luxor e Karnak.
- Chá do Meio-dia.
- Show de Dança Oriental às 19h30.
- Jantar às 02:00 h.
- Acomodação a bordo.

4o Dia - Desembarque.
- Café da manhã às 07:00 h.
- Desembarque às 08,00.

No primeiro e segundo dias, o nosso barco ficou parado em Aswan, e aproveitamos para conhecer quase todos os templos e monumentos de lá. Inclusive, fizemos um passeio que é totalmente imperdível: Abu Simbel!! Um dos templos mais impressionantes do Egito, com um história de cair o queixo! Não dá para deixar de visitar este templo (história e fotos logo mais abaixo, neste post)! 

Cruzeiro Nile Dolphin.

Hall de entrada.


  Restaurante.

Quarto com vista para o Nilo. 


Terraço com piscina e jacuzzi.

Show de dança no bar do navio.

 Brincadeira com os hóspedes (olha eu ali!).


 Todo dia uma surpresa ao voltar para o quarto, após a arrumação! 

 Todo dia uma surpresa ao voltar para o quarto, após a arrumação! 

O primeiro passeio, após nos instalarmos no navio, foi um passeio de beluca pelo Nilo, passando pela Ilha Elefantina, Jardim Botânico e Construções Núbias, com o nosso guia Ahmed


Ilha Elefantina: conhecida nos tempos antigos como Yebu, um dos pontos de adoração do deus Khnum e um importante posto militar de defesa, visto que situava-se logo abaixo da primeira catarata com o Nilo e na fronteira do tradicional inimigo núbio. 


Depois do passeio de beluca, voltamos para o navio para o almoço e logo encontramos o guia Ahmed novamente para os passeio da tarde: 


Grande Barragem de Aswan: esta sim uma obra verdadeiramente “faraônica”. Salvou o país da fome e da morte. Construída entre 1960 e 1971, a barragem tem quase 4 km de comprimento, 111 m de altura e quase 1 km de largura na base. No extremo leste há um pavilhão para visitantes com informações sobre a sua construção. No extremo oposto há uma torre em forma de lódão, uma maneira de os egípcios agradecerem à URSS o apoio dado na construção desta infraestrutura.

Grande Barragem de Aswan.

O Templo de Philae em Aswan: dedicado à Deusa Isis, é primor histórico e um feito de engenharia. Ameaçado pelas águas do Lago Nasser, criado em decorrência da represa de Aswan construída na década de 60, o templo ficava submerso boa parte do ano e estava entrando em deterioração. Um movimento internacional trabalhou na sua remoção e uma nova locação foi feita. Alem do ótimo estado de conservação, Philae tem entorno especial, pois a ilha para onde foi transferido não tem outra construção além do próprio templo. Philae é uma construção Ptolomaica, isto é, feita pela dinastia grega que governou o Egito Antigo em seu derradeiro momento Antes de cair nas mãos de Roma e tornar-se uma possessão desta civilização. O general Ptolomeu, do exército de Alexandre o grande, herdou a região após a morte do grande conquistador e deu nome a dinastia que lhe seguiu. A figura mais conhecida entre os Ptolomeus foi Cleópatra VII, a famosa Cleópatra de César e Marco Antônio. Ela foi a última governante desta dinastia e viveu até 30 a.C., apesar de serem egípcios, os Ptolomeus nunca deixaram de falar grego e ter sua cultura ligada a esta civilização. Philae originalmente foi um templo dedicado a deusa Ísis, uma deusa da cultura egípcia, mas que foi adotada por muitos outros povos antigos. Quando os cristãos se tornaram mais poderosos o templo foi transformado em Igreja Católica e foi neste momento que os relevos dos deuses foram martelados para serem descaracterizados e transformados em santos cristãos. 

Breve estória de Isis: filha do Céu e da Terra, irmã de Osiris. Isis casou com o Osiris, que era o Rei dos Deuses. Seth era o irmão invejoso, que certa vez construiu um caixão de ouro com as medidas de Osiris e o levou para uma festa, dizendo que a pessoa que entrasse no caixão, o levaria de presente. Ninguém coube, Osiris sim. Seth pegou a coroa de Osiris, lacrou o caixão e jogou-o no Nilo. Ísis era a deusa da magia, se transformou num falcão e procurou o caixão até achá-lo. Achou, ressuscitou Osiris e tiveram um filho - Horus, o deus da cabeça de falcão e protetor dos faraós. Seth (persistente) matou Osiris outra vez, só que dessa vez esquartejou o pobre e espalhou os pedaços Egito afora. Ísis catou todos os pedaços, o último deles tendo sido encontrado na ilha em frente à qual o templo está situado hoje, e ressuscitou Osiris novamente. Mas dessa vez Osiris não quis ser ressuscitado, preferiu seguir como deus dos mortos e do submundo.


Templo de Philae.

 Templo de Philae.

  Templo de Philae.

  Templo de Philae.

Templo de Philae.

Após o guia nos deixar novamente no navio, já deixamos combinada a viagem do dia seguinte para Abu Simbel (um dos meus templos favoritos no Egito). Este passeio foi feito à parte, não está incluso no pacote do Cruzeiro.


A região de Abu Simbel está a 280 km. ao sul de Aswan, e apenas 70 km ao norte da fronteira do Sudão. Empoleirado no topo de uma colina com vista para o Nilo, os majestosos templos de Abu-Simbel são um Patrimônio Mundial da UNESCO. Dedicado a Ramsés II e Nefertari, templos mundialmente famosos irá tirar o seu fôlego.


2º dia - Abu Simbel


Abu Simbel Você precisa contratar este passeio, que não está incluso no pacote do cruzeiro, mas é indispensável! O rei Ramsés II (1290-1223 a.C aprox.) escolheu este sítio privilegiado para construir dois templos fascinantes, escavados inteiramente na rocha do monte. O primeiro templo foi dedicado ao próprio rei divinizado Ramsés II e aos deuses Rá-hor-Akhty, Amón, Petah. O segundo templo, menor em termos de tamanho, foi dedicado à deusa Hathor, e à esposa favorita de Ramsés II, a rainha Nefertari. Ramsés II é um dos mais celebres soberanos da História Antiga do Egito. É considerado, sem dúvida, o primeiro construtor do Egito, pois grande parte dos monumentos conservados de hoje data do seu reinado. Abu Simbel é um complexo arqueológico egípcio que antigamente se situava próximo ao lago Nasser. Entretanto, em 1964, os dois templos foram salvos, sob coordenação da Unesco de ficarem submergidos pela subida das águas do lago Nasser, consequência direta da construção da grande barragem de Aswan. Com 40 milhões de dólares de recursos de diversos países, foi realizada uma impressionante façanha: remover os dois templos inteiros, que foram cortados em 1036 blocos, com um peso médio de 30 toneladas cada, e transportá-los para uma parte mais alta, remontando-os como um quebra-cabeça. 

Templo de Ramsés II - O objetivo do templo maior era impressionar os vizinhos ao sul e reforçar a influência da religião egípcia na região. A fachada do templo tem 33 metros de altura por 38 metros de largura e é guardado por quatro estátuas sentadas, com cerca de 20 metros de altura cada, esculpidas diretamente na rocha. Todas as estátuas representam Ramsés II, sentado em um trono com a coroa dupla do Alto e Baixo Egito. A estátua do lado esquerdo da fachada do templo foi danificada por um terremoto. Foi discutido sobre a possibilidade de reconstruí-la ou não, com a remoção e recolocação do templo, mas foi decidido deixá-la como antes. Pode-se ver estátuas menores ao pé das quatro estátuas principais da fachada, representando alguns membros da família do rei, como sua mãe, esposa e alguns de seus descendentes. O interior do templo estende-se para a montanha em cerca de 64 metros e tem um layout semelhante ao da maioria dos templos do antigo Egito, com várias salas antecedendo a sala do santuário. O primeiro salão contém oito estátuas de Ramsés II elevado a Deus, tomando a forma de Osíris. Estas estátuas estão ligadas à colunas. Nas paredes estão imagens e hieróglifos descrevendo a suposta vitória de Ramsés II na batalha de Qadesh e cenas das vitórias dos egípcios na Líbia, Síria e Núbia. A sala também possui armazéns, agora vazios, em seus lados. Movendo-se mais profundamente no templo encontra-se uma segunda sala, com quatro pilares decorados que mostram o rei a abraçar várias divindades como um sinal de sua união espiritual e predileção e, bem no fundo, fica uma sala menor, o santuário, com a estátua de Ramsés II sentado em um banco com três outros deuses Ra-Harakhty, Amon e Ptah. O templo foi construído em tal direção que nos dias 21 de outubro e 21 de fevereiro (61 dias antes e 61 dias após o solstício de inverno, respectivamente) o sol penetrava no santuário, localizado na parte de trás do templo, e iluminava os rostos de Rá-hor-Akhty, Amón e Ramsés II, deixando apenas o rosto do deus Ptah no crepúsculo, pois ele era considerado o deus das trevas. Diz-se que estas datas correspondem aos dias do aniversário do rei e sua coroação, embora sem dados comprobatórios. Após o deslocamento do templo, verificou-se que agora o fenômeno solar ocorre com a diferença de um dia, iluminando as estátuas nos dias 22 de outubro e 22 de fevereiro (60 dias antes e 60 dias após o solstício). Isso mostra como os egípcios eram excepcionais engenheiros, matemáticos e astrofísicos!


Templo de Nefertari - Enquanto o Grande templo de Abu Simbel é um templo com estatuária excessiva e de tamanho exorbitante, o templo de Nefertari parece ser baseado no templo funerário da rainha Hatshepsut (1520 aC.). O templo é muito simples e construído em dimensões bastante inferiores às do templo de Ramsés II. O pequeno templo de Abu Simbel, localizado 150 metros a norte do templo maior, foi construído em honra à sua esposa preferida, Nefertari (dentre suas mais de 100 esposas), e é dedicado à deusa do amor e da beleza, Hathor. A fachada do templo é composta por seis estátuas, cada uma com dez metros de altura, todas com a perna esquerda mais à frente da direita, como em posição de marcha. Duas delas são de Nefertari e cada uma dessas estátuas está ladeada por duas estátuas de Ramsés II. A ordem dos colossos da esquerda para a direita é a seguinte: Ramsés II com a coroa do Alto Egito e a barba postiça; Nefertari com características da deusa Hathor, disco solar entre 2 altas plumas e cornos de vaca; Ramsés II com a coroa branca do Alto Egito e a barba postiça; Ramsés II com a coroa dupla da união do alto e baixo Egito e barba postiça; Nefertari com características da deusa Hathor, disco solar entre 2 altas plumas e cornos de vaca; Ramsés II com o nemes, a coroa atef e a barba postiça.




É proibido fotografar dentro dos templos, por isso só temos as fotos da parte de fora:

 Templo dedicado a Rá-hor-Akhty, Amón, Petah e ao próprio rei divinizado Ramsés II.

 Templo dedicado a Rá-hor-Akhty, Amón, Petah e ao próprio rei divinizado Ramsés II.

Templo dedicado a Rá-hor-Akhty, Amón, Petah e ao próprio rei divinizado Ramsés II.

Templo dedicado a Rá-hor-Akhty, Amón, Petah e ao próprio rei divinizado Ramsés II (a sala escura ao fundo desta foto é o local onde estão as 4 estátuas e por onde o sol entra, 2 vezes ao ano, e cobre 3 delas, sem tocar a de Petah, o deus da escuridão).


Santuário: Ptah, Ramses, Hamakis e Amon-Rá, nessa ordem. (fonte: andarilhosdomundo.com.br).

 Templo dedicado a Rá-hor-Akhty, Amón, Petah e ao próprio rei divinizado Ramsés II.

 Templo dedicado a Rainha Nefertari.

Templo dedicado a Rainha Nefertari.

Templo dedicado a Rainha Nefertari.




3º dia - Kom Ombo e Edfu


Kom Ombo foi uma importante cidade onde passavam as caravanas para a Núbia/Sudão, carregando, por exemplo, o ouro das minas do deserto oriental. No tempo dos Ptolomeus (3o. século A.C. até ao 1o. século A.C.) Kom Ombo foi um campo de treino para exércitos de elefantes. Nos dias de hoje apenas resta uma pequena cidade, que se destaca pela produção de açúcar e os muitos Núbios que se instalaram aqui depois das suas povoações terem sido inundadas quando a barragem de Aswan subiu nos anos 60 do século passado. O Templo de Kom Ombo é único num aspecto: é dedicado a dois deuses, e o todo o templo mostra duas secções simétricas. Um santuário é dedicado ao deus Hórus (Haroeris), o antigo e outro a Sobek, o deus crocodilo. O lado oriental era dedicado ao deus crocodilo, albergando alguns crocodilos mumificados. O outro lado do templo era dedicado a Hórus o antigo, conhecido como "bom doutor" o qual atraia grande quantidade de peregrinos doentes em busca de cura.

Templo de Kom Ombo.

 Templo de Kom Ombo.

 Templo de Kom Ombo.

 Templo de Kom Ombo.

 Templo de Kom Ombo.

Templo de Kom Ombo.

O Templo de Hórus (Edfu): em Edfu é um dos mais belos, maiores e mais bem conservados de todo o Egito, foi enterrado na areia e foram construídas casas por cima, até que os arqueólogos o descobriram por volta do ano de 1860. A sua construção iniciou-se em 237A.C. por Ptolomeu III. Apresar de a sua arquitetura ser inspirada nos antigos padrões Egípcios, alguns elementos Gregos foram introduzidos. O templo encontra-se atualmente num melhor estado de conservação do que, por exemplo, as estruturas em Karnak, Luxor ou Abydos. Este é um dos poucos templos que possibilita acesso ao seu telhado a partir do qual se pode admirar uma bela vista do Nilo e campos circundantes. Edfu é um templo construído em homenagem a Horus, filho de Isis e Osiris, e o deus do poder que abençoava os faraós. Tem a cabeça de um falcão, e por vezes assume a forma completa de falcão. 

Breve estória de Horus: lembre-se que logo acima, quando falei do templo de Philae, contei todo o trabalho que o Osiris deu pra Isis, que teve que ressuscitá-lo duas vezes depois dele ter sido assassinado pelo Seth, seu irmão. Numa das ressurreições, Isis e Osiris conceberam Horus, que desde pequeno sabia que sua missão seria vingar o pai e matar o tio, Seth. Numa primeira batalha entre os dois, Horus arrancou os testículos de Seth e Seth arrancou um dos olhos de Horus. Em vários templos vê-se cenas de oferendas para Horus, e em muitas delas, oferecem um olho para ele. O olho de Horus transformou-se num grande talismã de proteção egípcio e encontra-se em todo canto. O deus Thoth (deus da sabedoria e mensageiro dos deuses) consertou o olho e colocou-o de volta em Horus. No final Horus vence o tio e Seth é esquartejado em diversos pedacinhos, exatamente como ele fez com Osiris.

 Templo de Hórus (Edfu).


Templo de Hórus (Edfu).

Templo de Hórus (Edfu).


Templo de Hórus (Edfu).

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Templo de Hórus (Edfu).

Templo de Hórus (Edfu).

Templo de Hórus (Edfu).

4º dia - Vale dos Reis, Hatshepsut, Vale dos Reis, Luxor e Karnak

Vale dos Reis: Fica nos arredores de Luxor, à margem oeste do Nilo (os túmulos ficavam na margem oeste e os templos e cidades na margem leste, como era tradição à época). Como os faraós achavam muito importante que suas múmias fossem sepultadas abaixo de uma pirâmide, escolheram esta região para a capital do Império justamente porque no Vale dos Reis há uma colina natural em forma de pirâmide. Ali embaixo, muitos e muitos túmulos foram construídos, túneis e mais túneis foram escavados e até hoje os arqueólogos ainda acreditam ser possível achar novas tumbas. Como os faraós eram enterrados com seus luxuosos pertences, desde o tempo do Egito Antigo, os assaltantes de sepulturas já haviam feito a festa com as tumbas, digamos, mais óbvias. Só sarcófagos muito bem escondidos poderiam escapar desses ladrões e foi assim que a tumba de Tuntacamon foi encontrada. Poucos sabem que sua fama se deve apenas e simplesmente por isso: foi a única encontrada inteira, intacta e com todos os seus tesouros. O ticket de entrada só permite visitar 3 tumbas. E todos querem ir imediatamente à Tumba de Tutancamon. Mas a tumba dele já não tem mais nada! Foi uma tumba pequena, feita às pressas, porque este faraó morreu muito jovem e de repente. Todos os artefatos estão no museu do Cairo! Dica: as melhores tumbas para visitar são aquelas mais bem adornadas, com pinturas mais bem preservadas e que ainda guardam o sarcófago ou algumas peças. Só um guia para saber quais as mais bonitas!

Templo de Hatshepsut: conhecido como "O templo de El Der El Bahari", que significa “Mosteiro do Norte”, é um dos mais belos templos do Egito. Foi construído para ser um templo funerário ou comemorativo para a rainha Hatshepsut que foi uma grande esposa real, regente e faraó do Antigo Egipto. Viveu no começo do século XV a.C, pertencendo à XVIII Dinastia do Império Novo. O seu reinado, de cerca de vinte e dois anos (1490-1470 d.C) e corresponde a uma era de prosperidade econômica e relativo clima de paz. O templo está situado na margem oeste de Luxor. Foi projetado por Senenmut, arquiteto da rainha Hatshepsut, da 18.ª Dinastia, e ergue-se numa sucessão de terraços. O monumento foi alterado por Ramsés II e seus sucessores, tendo inclusive os cristãos vindo a utilizar o local, mais tarde, como mosteiro. O destaque vai todo para a colunata do Nascimento e para as estátuas de Hatshepsut, que decoram as colunas do pórtico em torno do terraço superior. Apesar de muitas destas estátuas terem sido destruídas por faraós posteriores, algumas foram construídas recentemente. 
Hatshepsut nasceu em Tebas. Era a filha mais velha do rei Tutmés I (Tutmósis I) e da rainha Amósis. Quando o seu pai morreu, Hatshepsut teria cerca de quatorze anos (para alguns egiptólogos teria dezenove anos). Casou com seu meio-irmão, Tutmés II, seguindo um costume que existia no Antigo Egito que consistia em membros da família real casarem entre si. Após a morte de Tutmés II, cujo reinado é pouco conhecido, o enteado de Hatshepsut, Tutmés III, era ainda uma criança que não estava apta a governar. Por esta razão Hatchepsut, na qualidade de grande esposa real do rei Tutmés II, assumiu o poder como regente na menoridade de Tutmés III. Mais tarde, Hatchepsut decidiu assumir a dignidade de faraó.

Hatshepsut é considerada uma das pessoas mais importantes que governou o antigo Egito, tendo uma influência que ultrapassou os limites nacionais, mesmo que, posteriormente, seu sucessor tenha desprendido ações para apagar seu nome da lista de faraós. Faleceu em 1473 a.C., e foi a quinta governanta egípcia de sua dinastia. Seu corpo está sepultado no Vale das Rainhas e seus monumentos foram derrubados após sua morte.




Templo de Hatshepsut.

 Templo de Hatshepsut.

 Templo de Hatshepsut.

 Templo de Hatshepsut.

 Templo de Hatshepsut.


2 Colossos de Memnon: Mémnon é uma das figuras centrais da mitologia grega, descrito como o rei da Etiópia, filho de Titonius, o príncipe de Troia, e de Eos, a deusa da aurora. Conta a lenda que Mémnon, no décimo ano da Guerra de Troia, levou o seu exército para apoiar os troianos na sua luta contra os gregos. Embora tivesse lutado com muita bravura, Mémnon foi morto por Aquiles, o grande herói guerreiro grego. Diz a tradição lendária que Zeus, o deus dos deuses, para consolar sua mãe Eos, concedeu-lhe a vida eterna, tornando-o imortal. Na civilização egípcia um conjunto de estátuas de grandes proporções, ou seja, esculturas colossais, erigidas na cidade de Tebas, parecem representar este herói da mitologia grega da época clássica. A cidade egípcia de Tebas estava muito ligada à devoção do deus egípcio Ámon-Ra e urbanisticamente era dominada pelos monumentais templos de Luxor e Karnak.

2 Colossos de Memnon.

Templo de LuxorLuxor é uma cidade localizada ao sul do Egito e capital da província de mesmo nome. Com uma população atual de cerca de 150 mil habitantes, o local é o mesmo onde na antiguidade se localizava a cidade de Tebas, capital do Império Novo egípcio, existente entre 1550 A.C. e 1070 a.C.
Templo de Luxor, foi iniciado na época de Amenófis III e aumentado mais tarde por Ramsés II, só foi acabado no período muçulmano. É o único monumento do mundo que contém em si mesmo documentos das épocas faraônica, greco-romana, copta e islâmica, com nichos e frescos coptas e até uma Mesquita (Abu al-Haggag). Este templo foi construído para ser um local de celebração em homenagem aos Deuses da antiga Tebas durante o festival de Opet (celebrando as primeiras cheias do Nilo), era dedicado ao deus Amon-Rá, mas não só, era também dedicado às divindades Mut (esposa de Amon) e Khonsu. O seu nome antigo era Ipep-resit, traduzido como "Harém do Sul", referindo-se às festas de Opet, quando as estátuas de Amon, Mut e Khonsu eram transportadas de Karnak para Luxor.  Por volta do século II, o templo foi ocupado pelos romanos, mas foi sendo abandonado gradualmente. Foi coberto pelas areias do deserto, até que em 1881 o arqueólogo Gaston Maspero redescobriu o templo, que se encontrava muito bem conservado. Para iniciar a escavação, a vila que tinha crescido perto do templo teve de ser retirada, apenas permanecendo uma mesquita, construída pelos árabes no século XIII.
Na entrada, há uma longa linha de esfinges (que chegava até o complexo de Karnak), assim como grandes estátuas de Ramsés II. Se o grande pátio deste faraó já impressiona (apesar da mesquita de Abu al-Haggag estar encravada nela - repare na entrada do edifício, bem no alto), o destaque vai mesmo para o grande pátio de Amenhotep III, arejado e pontilhado de maciças colunas. Por todo o entorno do complexo estão outros templos e obeliscos menores, como o santuário de Alexandre, o Grande. As suas dimensões são menores do que as do Templo de Karnak.


Fotos do Templo de Luxor:












Templo karnak : O Templo de Karnak tem este nome devido a uma aldeia vizinha chamada El-Karnak, mas no tempo dos grandes faraós esta aldeia era conhecida como Ipet-sut ("o melhor de todos os lugares"). É um dos maiores templos em todo o mundo. Foi iniciado por volta de 2500 aC. e terminado por volta de 360 aC. e o conjunto de 214 km2 foi expandido através de sucessivos reinados de faraós egípcios em um período de 2.000 anos.  É um complexo religioso único que contem um conjunto de templos dedicados, fundamentalmente, à Tríade de Tebas; Amón, Mut, e Khonso, junto a outras divindades egípcias. Este complexo abrange uma área de 1,5 x 0,8 km. O Templo de Karnak atingiu o seu apogeu durante a XVIII dinastia, após a eleição de Tebas para capital do Egito. Durante a XIX dinastia, cerca de 80 000 pessoas trabalharam no templo. O templo esteve submerso nas areias egípcias durante mais de mil anos, até que tiveram início os trabalhos de escavação, em meados do século XVIII, e a enorme tarefa de restauro e conservação continua até aos dias de hoje.
A construção mais importante do conjunto de Karnak é o grande templo de Amon-Rá, cujo plano, muito complexo, abrange numerosas fases da história dos faraós. O grande eixo este - oeste é sinalizado por uma série de pátios e pilares; medindo 103m de largura por 52m de profundidade, até o sancto-sanctorum, uma pequena sala cuja entrada só era permitida para o Sumo Sacerdote, que se encontra no final do eixo monumental.
Karnak tem a célebre sala hipostila (sala cujo teto é sustentado por colunas) que é composta por 134 colossais pilares numa referencia aos 134 deuses egípcios. Os pilares tem a forma de enormes pés de papiro. Esses pilares tem 21m de altura por 4m de diâmetro, e na parte de cima há janelas, pois a intenção era preparar os crentes que vinham da luz intensa do sol do Egito para a semiescuridão do átrio até a escuridão do sancto sanctorum onde o Deus morava protegido por centenas de sacerdotes. Na sala hipostila os nomes de Seth I e Ramsés II estão inscritos e repetidos indefinidamente. Hoje em dia o teto não está mais lá, apenas os pilares. A largura de cada pilar equivale a seis pessoas com os braços esticados formando um circulo. Em outro recinto, avultam duas figuras colossais de Amon e Amonet. Não é mera coincidência que as faces apresentem semelhanças com o rei que as ergueu, Tutankâmon, que ascendeu ao trono em 1361 aC. Numerosos edifícios secundários completam a verdadeira cidade que é o grande templo de Amon-Ra: capelas de Osíris, templo de Ptah, templo de Opeth etc.
No reinado de Hatshepsut, foi erguido o mais alto obelisco do Egito. Decorado com granito rosa, o obelisco tem mais de 27 m de altura e pesa 340 toneladas, com a seguinte inscrição: "Vós que vires este monumento nos anos vindouros e falarem disto que fiz..." Até hoje, o obelisco de pedra está bem preservado e sem pichações graças ao faraó sobrinho vingativo de Hatshepsut, Tutmósis 3º. Na tentativa de eliminar qualquer traço deixado por sua tia em Karnak, ele construiu uma parede em frente ao obelisco para escondê-lo e acabou protegendo o obelisco através dos séculos. Os anais de Tutmés III, nas paredes, registram 20 anos de conquistas e arrolam as plantas e animais exóticos que o faraó trouxe da Ásia. O complexo de Karnak também inclui um santuário decorado por Alexandre, o Grande, com seu nome escrito em hieróglifos; sem mencionar um pátio onde arqueólogos encontraram escondidas impressionantes 17 mil estátuas de bronze do Templo de Amon. Karnak também conta com um Lago Sagrado cuja água era usada pelos sacerdotes do templo em um ritual de purificação, mas as más línguas dizem que era para tomar banho mesmo. Em uma das margens, há um enorme escaravelho de granito, símbolo de Amon, o deus-sol, para seu renascimento a cada manhã após sua jornada pela noite, hoje em dia anda-se ao redor dele, por 3 vezes, fazendo pedidos quê serão atendidos pelo Deus.


Desembarque do cruzeiro:  tomamos o café da manhã e logo depois desembarcamos. O motorista da agência nos levou até o aeroporto.

O nosso último dia foi muito corrido, então, se você puder, aconselho que fique um dia hospedado em Luxor para poder ter mais tranquilidade para visitar os templos de Luxor e Karnak, pois valem a pena!



Separei alguns hotéis em Luxor para você pesquisar no Booking.com

http://www.booking.com/Luxor



De Luxor, pegamos um vôo para Amman, e o nosso próximo destino foi PETRA, que ficará para o próximo post!



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2 comentários:

  1. Bacana Camila
    Boa idéia Cairo e trem p Aswan e voltando pelo Nilo. Estadia adicional em Luxor. Quantos dias no total sem correria? Quero ir este ano. rogeriocipolla@hotmail.com.

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    Respostas
    1. Olá Rogério, creio que 4 dias no Cairo, 4 dias no cruzeiro e 2 em Luxor são o sufuciente para fazer tudo sem correria!
      Tem também um lugar maravilhoso, Sharm El Sheikh, que fica no sul do Egito, se tiver com tempo sobrando, recomendo! Vou te mandar e-mail.
      Obrigada pela visita na minha página!
      Abraços
      Camila

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